quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Apostila de Ballet

Postado por Cora Belarmino




A DANÇA

INTRODUÇÃO:
A dança pode ser considerada a primeira manifestação do emocional humano e como qualquer manifestação cultural, dependendo de sua origem, usa linguagens diferentes. Assim como a folclórica relata exclusivamente a realidade de uma comunidade, outras como o Ballet Clássico e as danças modernas não conhecem fronteiras, são universais. Não se deve esquecer, contudo, que a dança dos camponeses da Europa foi o alicerce sobre o qual toda dança hoje, contemporânea, portanto está baseada.

A DANÇA
 A dança é a arte do movimento e da expressão, onde a estética e a musicalidade prevalecem.
Na sua forma elementar, a dança é a necessidade natural e instintiva do homem de exaurir, pela movimentação, um estado emocional.
De um improviso desordenado a uma forma disciplinada, a dança acompanhou a evolução do homem, aperfeiçoando-se à medida que ele se civilizava.
A dança – ciência ou arte – apresenta-se como o entendimento completo das possibilidades físicas do corpo humano, que permite exteriorizar um estado emocional latente (oculto, subentendido) pelo jogo de músculos, segundo as leis naturais do ritmo e da estética, que quer dizer “o sentimento da beleza na natureza, nos objetos e nas artes”. Sendo o corpo humano o instrumento da arte e da dança, é necessário discipliná-lo e desenvolvê-lo a fim de que atinja, por meio de movimentos harmônicos e coordenados, toda a plasticidade, pureza de linhas e expressão possíveis. Se o sentido da estética é indispensável a dança, a musicalidade e o ritmo são fundamentais.  
É impossível dançar sem musicalidade e ritmo. Estes dois sentimentos atraem fortemente a criança que deseja estudar balé.
De um modo geral, a pratica da dança permite desenvolver e enriquecer as qualidades do homem no seu físico, na sua mente e na sua psique (a alma). A beleza corporal, a visão, a precisão, a coordenação, a flexibilidade, a tenacidade, a imaginação e a expressão são a essência do ensino da dança.

UM POUCO DA HISTÓRIA DO BALLET CLÁSSICO

O Ballet clássico é o desenvolvimento e a transformação da dança primitiva, que baseava-se no instinto, para uma dança formada de passos diferentes, de ligações, de gestos de figuras previamente elaborados para um ou mais participantes.
A historia do ballet começou a 500 anos atrás na Itália. Nessa época os nobres italianos divertiam seus ilustres visitantes com espetáculos de poesia, musica mímica e dança. Esses divertimentos apresentados pelos cortesãos eram famosos por seus ricos trajes e cenários muitas vezes desenhados por artistas célebres como Leonardo da Vinci. O primeiro ballet registrado aconteceu em 1489, comemorando o casamento do Duque de Milão com Isabel de Árgon. Os ballets da corte possuíam graciosos movimentos de cabeça, braços e tronco e pequenos e delicados movimentos de pernas e pés, estes dificultados pelo vestuário feito com material e ornamentos pesados.
Era importante que os membros da corte dançassem bem e, por isso, surgiram os professores de dança que viajavam por vários lugares ensinando danças para todas as ocasiões como: casamentos, vitórias em guerra, alianças políticas, etc.
Quando a italiana Catarina de Medicis casou com o rei Henrique II e se tornou rainha da frança, introduziu esse tipo de espetáculo na corte francesa, com grande sucesso.
O mais belo e famoso espetáculo oferecido na corte desses reis foi o “Ballet Cômico da Rainha”, em 1581, para celebrar o casamento da irmã de Catarina. Esse ballet durava de 5 a 6 horas e fez com que a rainha fosse invejada por todas as outras casas reais européias, além de ter uma grande influencia na formação de outros conjuntos de dança em todo o mundo.
O Ballet tornou-se uma regularidade na corte francesa que cada vez mais o aprimorava em ocasiões especiais, combinando dança com música, canções e poesia e atinge ao auge de sua popularidade quase 100 anos mais tarde através do rei Luiz XIV.
Luis XIV, rei com 5 anos de idade, amava a dança e tornou-se um grande bailarino e com 12 anos dançou pela primeira vez, no ballet da corte. A partir daí tomou parte em vários outros ballets aparecendo como um deus ou alguma outra figura poderosa. Seu titulo “Rei do Sol”, vem do triunfante espetáculo que durou mais de 12 horas. Este rei fundou em 1661, a Academia Real de Ballet e a Academia Real de Música e 8 anos mais tarde, a Escola Nacional de Ballet. O professor Pierre Beauchamp, foi quem criou as 5 posições dos pés, que se tornaram a base de todo aprendizado acadêmico do ballet clássico. A dança se tornou mais que um passatempo da corte, se tornou uma profissão e os espetáculos de ballet foram transferidos dos salões para teatros.
Em princípios, todos os bailarinos eram homens, que também faziam os papeis femininos, mas no fim do século XVII, a Escola de Dança passou a formar bailarinas mulheres, que ganharam logo importância, apesar de terem seus movimentos ainda limitados pelos complicados figurinos.
Uma das mais famosas bailarinas foi Marie Camargo, que causou sensação por encurtar sua saia, calçar sapatos leves e assim poder saltar e mostrar os passos executados. Com o desenvolvimento da técnica da dança e dos espetáculos profissionais, houve necessidade do ballet encontrar, por ele próprio, uma forma expressiva, verdadeira, ou seja, dar um significado aos movimentos da dança. Assim no final do século XVIII, um movimento liderado por Jean-Georgios Noverre, inaugurou o “Ballet de Ação”, isto é, a dança passou a ter uma narrativa, que apresentava um enredo e personagens reais, modificando totalmente a forma do Ballet de até então.

UMA DIFERENÇA QUE PRECISA SER EXPLICADA

É muito difícil explicar a diferença entre dança clássica e balé.
A dança clássica baseia-se nas cinco posições dos pés, criadas, originalmente, no séc. XVII, por Pierre Beauchamps. São posições de base que permite ao bailarino movimentar-se em qualquer sentido. São essas posições que lhe dão a segurança e a estabilidade necessárias para dançar. E foi a partir dessas posições que foram criados os passos, muitos deles inspirados em danças regionais e folclóricas.
Por muito tempo dança clássica e balé clássico foram sinônimos. Mas com o aparecimento de novas concepções coreográficas, o balé dividiu-se em baléclássico e balé moderno.
O balé clássico continuou a ser sinônimo de dança clássica. O balé moderno é baseado em novas concepções coreográficas e usa todos os princípios e figuras do balé clássico, transformando e modernizando essas figuras, estilizando movimentos basicamente clássicos.
Em resumo, o balé moderno ou contemporâneo é uma concepção puramente coreográfica, derivada do balé clássico.
Para dançar o balé moderno, é necessário saber o clássico



CONCEPÇÕES BÁSICAS DO BALÉ

DOS PÉS:
O balé foi  baseado na concepção que ao virar os pés e as pernas para os lados externos do corpo, isto é, para fora, não somente se conseguia atingir mais estabilidade e maior facilidade na movimentação, como também maior beleza de linhas.
En dehors significa para fora, e é um movimento adquirido lentamente sem ser forçado.
Portanto, em Balé, o principio básico mais importante é o de aprender a virar as pernas para os lados, com as coxas acompanhando as pontas dos pés. É importante adquirir a facilidade de virar as pernas en dehors a partir da coxa até os pés, sem ajuda dos quadris e do corpo. As nádegas, porem, devem ser apertadas ao máximo para ajudar a virar o interior das coxas.


En dehors = para fora, significa também a direção em que se movimenta a perna da frente par trás e ainda a direção em que o corpo gira. (na mesma direção das agulhas de um relógio).


AS POSIÇÕES DOS PÉS
1ª POSIÇÃO: FIGURA 1
Calcanhar com calcanhar formando uma linha reta de 180 , joelhos esticados. Cuidar para não deixar os pés caírem para frente.
2ª POSIÇÃO: FIGURA 2
Separam-se as pernas na direção  da primeira posição, numa distancia calculada de um pé e meio entre os dois calcanhares, joelhos bem estendido. 

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3ª POSIÇÃO: FIGURA 1 
O Calcanhar de uma das pernas vem de encontro ao meio do outro pé, joelhos bem estendidos e pés para fora.


4ª POSIÇÃO CROISÉ: FIGURA 2 
Os pés são paralelamente separados, com uma distancia de um pé entre os dois, o calcanhar frente a ponta do outro pé, na altura da primeira junta do Halux, (dedo grande). Joelhos bem estendidos. E a posição mais difícil de ser bem executada e só deve ser feita por alunos com um certo adiantamento.

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4ª POSIÇÃO OUVERT (ou effacée)  FIGURA 1
Os pés são paralelamente separados pela distancia de um pé entre os dois, calcanhar frente a calcanhar. Joelhos bem estendido.


5ª POSIÇÃO: FIGURA 2
Pé paralelo a outro. Calcanhar de um pé frente a ponta do outro pé, na altura do dedo grande (halux).

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 DAS MÃOS
A – posição para principiantes, a cuidar principalmente na barra.
O polegar encosta no dedo ,médio e o anular acompanha o dedo médio. 

B – mais tarde já não é preciso encostar, basta esconder naturalmente o polegar, sem forçá-lo para dentro.

C - a palma da mão deve sempre estar virada para dentro ou para baixo. Nunca para fora  ou para cima, salvo em coreografias especiais.

D – posição da mão no arabesque.

E – posição errada.

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DOS BRAÇOS

Os braços são fatores importantíssimos no balé, eles devem ser a moldura que completa o quadro de figuras dançantes, valem pela detalhe, pelo acabamento, pela qualidade da obra de arte e completam seu valor.

POSIÇÕES DOS BRAÇOS SISTEMA RAD (Royal Academy of Dance)

BRÁS BAS – posição de descanso ou preparação, braços redondos, ombros baixos, e palmas para dentro. Cuidar de não encostar as mãos nas coxas e deixar um espaço entre os braços e o corpo.

FIGURA (A): Brás Bas Para preparação de alguns passos mãos mais separadas.
FIGURA (B): Brás Bas Usado em PORT DE BRAS mãos nais juntas.

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1ª POSIÇÃO:
As mãos devem estar na altura do estomago e ombros sempre baixos.
2ª POSIÇÃO:
A 2ª posição baixa é usada para pequenos passos com glissade, assemblée e petits echappé.
Os braços na 2 posição estão sempre a frente do corpo.


Figura Completa: 2ª posição normal e em pontilhado, a 2ª posição baixa

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3ª POSIÇÃO:
 É a fusão da 1ª com a 2ª posição.

3ª posição em "oposição", isto é, o braço dobrado, oposto à perna da frente

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4ª POSIÇÃO:
É a fusão da 2ª com a 5ª.

4ª posição em "oposição", Braço levantado oposto à perna da frente.

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5ª POSIÇÃO:
Não colocar os braços muito para trás, pois é necessário que se veja as mãos somente com o levantar dos olhos sem mexer a cabeça. Cuidar para não levantar os ombros.


(É a fusão da 2ª com a 5ª posição)

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O CORPO NA BARRA

A postura do corpo na barra é a base da estabilidade de um bailarina. O corpo deve estar reto e natural, com o peso bem distribuído entre as pernas e pés. Quando um pé estiver com o calcanhar fora do chão, o peso do corpo deverá estar totalmente em cima da perna de sustentação, e distribuído igualmente em toda a superfície do pé. (perna de base)
O pé que esta no chão não deverá jamais cair para frente.
O corpo na barra não deve cair, nem para frente, nem para trás, e o aluno deve poder levantar a mão que segura a barra sem cair, permanecendo no seu prumo de equilíbrio.
A base deste equilíbrio é a espinha dorsal.


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DO CORPO E DAS PERNAS
Uma bailarina deve se considerar o centro de um quadrado imaginário. Deste centro se irradiam as oito linhas que indicam a sua posição perante o palco.


ÉPAULEMENT

ÉPAULE quer dizer ombro.
Épaulemnt é o primeiro sentimento de harmonia e beleza que o aluno principiante sente na dança clássica.
Primeiramente o aluno faz seus exercícios de frente para o professor até que tenha controle do seu corpo.
Porteriormente se introduzem  certos detalhes que darão um primeiro sentido de arte na dança.
O primeiro detalhe é o épaulement.

Concepções de CROISÉ  EFFACÉ

As direções do corpo são:
1 – En face

2 – Croisé

3 – Effacé ou Ouvert

4 – Écarté

As direções das pernas são:
1 – Devant = frente

2 – De cote = lado

3 – Derriére = atrás


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FUNÇÕES DOS EXERCÍCIOS
O trabalho de classe, após um aquecimento sempre inicia-se na barra. Este trabalho de preparação para o centro é consciencioso.
Na barra, o trabalho desenvolve-se como atividade muscular especifica através da execução dos exercícios localizados numa ordenação estável e coordenada, trabalhando o corpo de forma global, sincronizada e harmoniosa. Isto ocorre como preparação de colocação e postura do corpo, definindo o equilíbrio e sustentação do eixo anatômico, desenvolvendo também o trabalho de alongamento, flexibilidade, tônus e fortalecimento muscular, dando clareza, consciência, embasamento e rapidez dos movimentos. Estes requisitos são solicitados necessariamente para o desenvolvimento posterior da atividade no centro.

ORDENAÇÃO DOS EXERCÍCIOS NA BARRA

1 – Battement Tendu 1 posição

2 – Demi-plié e grand-plié

3 – Battement tendu 3 ou 5 posição

4 – Battement jeté

5 – Battement fondu

6 – Rond de jambé

7 – Battement frappé

8 – Petit battement sur Le cou de pied

9 – Adágio

10 – Rond de jambe en`lair

11 – Grand battement

12 – Alongamento e extensão na barra.

FUNÇÕES DOS EXERCÍCIOS.

DEMI-PLIÉ: meia flexão dos joelhos.
Flexão de joelho onde se deve fazer força no músculo da coxa para não deixar o joelho cair para frente, forçando ao máximo o tendão do calcanhar e mantendo este totalmente apoiado no chão, sem perder contato.

GRAND-PLIÉ: grande flexão dos joelhos.
Total flexão de joelhos, obrigando a perder o contato do calcanhar com o chão, ficando o pé na meia ponta.
O grand-plié começa com o demi-plié, estes são de grande importância para virar as pernas en dehors, a partir dos quadris e interior das coxas. Também aumenta a força das pernas, pois para executar corretamente o grand-plié é necessário descer e subir com  a força das coxas e nunca com a do corpo (que deve permanecer reto) ou das costas (que devem estar bem presas e aprumadas), o estomago deve estar pra dentro.
Deve-se cuidar muito para que os joelhos flexionem sempre na direção da ponta dos pés, forçando a abertura da parte interna das coxas, apertando as nádegas e mantendo o corpo e as costas retas. O grand-plié não deve ser executado de maneira brusca.

BATTEMENT TENDUE: batidas esticadas.
É a base de toda a técnica, pois faz trabalhar todos os músculos e ligamentos da perna.
A perna deve ir ao degagé o mais longe possível, sem alterar a posição dos quadris. A distância máxima no degagé é individual e depende do comprimento da perna. O peso do corpo deve estar na perna de base (sustentação) e o aluno ao tirar a perna do degagé do chão e a mão da barra deve permanecer imóvel num perfeito equilíbrio.
O aluno não deve apoiar a ponta do pé (forçar ou descansar), quando fizer o degagé. A perna de sustentação deverá estar alongada ao máximo e as nádegas contraídas.

BATTEMENT JETÉ ou BATTEMENT GLISSÉ:
JETÉ (atirar, lançar)
GLISSÉ (escorregar, arrastar)
Battement tendus jetés – ou glissés – são iguais a battemet tendus simples. Apenas a perna que trabalha, em vez de fazer degagé no chão, levanta a uma altura aproximada de 6 a 10cm do chão cada vez e retorna a posição inicial.
Para executar o battement tendu jeté, o aluno deve arrastar fortemente o pé no chão cada vez que a perna sai, havendo, portanto, um melhor trabalho do pé, o qual deve ser esticado ao máximo, assim como o músculo da coxa e a perna toda. Ao voltar à quinta posição, o pé deve relaxar. O movimento do jeté deve ser preciso e seco e não se deve levantar o quadril.

BATTEMENT FONDU
É um exercício no qual os dois joelhos flexionam e estendem ao mesmo tempo, sendo que a perna do chão sustenta o peso do corpo e a outra dobra a altura do cou-de-pied e estende a frente, ao lado e atrás, em degagé no chão ou no ar a 45 ou 90 graus.
Battement fondu é a base do desnvolvimento do ballon, este é a elasticidade indispensável para aumentar a altura e dar beleza aos saltos. Portanto é o mecanismo do pulo e dos saltos, quando estes forem executados por uma perna só ou terminarem numa perna só.

ROND JAMBÉ – voltas ou círculos da perna .
Existem dois tipos de ronds de jambe: par terre e en Lair.

PAR TERRE: é um exercício circular feito para soltar a perna do quadril de from que ele possa trabalhar para frente, ao lado e atrás independentemente, adqirindo assim uma liberdade indispensável para a técnica da dança e do equilíbrio. A perna se movimenta em todas as direções.

EN LAIR: além de exigir total independência da coxa em relação ao quadril, exige também total liberdade e independência da parte da perna que vai do joelho a ponta do pé, que deve fazer movimento semi-circulante, sem mexer a coxa.

Os ronds jambe podem ser en dehors e en dedans.

BATTEMENT FRAPPÉ: batido.


Exercício muito importante para o trabalho dos pés, das pontas e para adquirir movimentos rápidos e precisos, indispensáveis ao que se chama “ataque” nos movimentos de técnica perfeita, é o exercício que da rapidez às pernas e agilidade aos pés, ao ser executado, deve mostrar a tensão dos músculos da coxa, panturrilha e colo de pé.


PETTI BATTEMENT SUR LE COU-DE-PIED: pequena batida sobre o peito do pé.
Exercício para dar liberdade a articulação dos joelhos. É o principal exercício de preparação para a rapidez, consciência e clareza nas batidas necessárias para bateria, onde a partir de um salto o bailarino ainda no ar deve rapidamente abrir e cruzar as pernas, trocando nas batidas a posição dos pés (pernas e pés completamente estendidos).

ADÁGIO: lento
A proposta deste exercício é desenvolver a capacidade e controle de sustentação das posições, o alongamento constante o equilíbrio a estética e coordenação harmoniosa das linhas do corpo, a extensão e elevação das pernas permitindo ao bailarino a execução clara e precisa dos movimentos.

GRAND-BATTEMENT: grande battement
Exercício que tem o mesmo princípio do battement tendu, porem a perna continua e se eleva a uma altura de 90 graus, ou mais.  O importante na execução deste movimento é a facilidade e a leveza que a perna deve ter ao subir, sem mexer o resto do corpo, completamente independente em seu esforço. Inicia-se a uma altura de 45 graus, até que o controle total do movimento permita ao aluno elevar a perna a 90 graus.

ALONGAMENTO E EXTENSÃO NA BARRA.
O exercício de alongamento e extensão tem como função desenvolver os músculos e tendões tornando-os longos e fortes, o que auxilia no aumento da capacidade de flexibilidade articular e assim, mantém um trabalho constante de preparação e condicionamento físico para as aptidões necessárias para o trabalho de um bailarino.


Em quarta-feira, 17 de agosto de 2016
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Postado por Cora Belarmino

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Em segunda-feira, 15 de agosto de 2016
quarta-feira, 10 de agosto de 2016

A Influência do Ballet na preparação físicas dos atletas

Postado por Cora Belarmino


A dança clássica pode estar no saque de uma tenista famosa, nas enterradas de um jogador de basquete ou em um salto de um atleta. O “SporTV Repórter mostra como a delicadeza do balé pode ser aplicada na rotina de preparação física de atletas de diversas modalidades, como o boxe, a ginástica artística, o tênis, o basquete e até o salto triplo.

Boxe
Ex-campeão mundial de pesos-pesados no boxe, Evander Holyfield continua em forma aos 48 anos. Sempre lembrado devido ao confronto com Mike Tyson - no qual perdeu um pedaço da orelha direita, arrancado por uma mordida do oponente - o lutador tem no currículo 57 lutas. Foram 44 vitórias, sendo 29 por nocaute.
O boxeador conhecido pelo corpo musculoso, pela força e golpes violentos durante a luta descobriu no fim da década de 80 que o balé poderia ser uma arma poderosa dentro do ringue.

- Eu era campeão mundial absoluto da categoria cruzador, sem nunca ter perdido uma luta, e então fui para a categoria peso-pesado para lutar com os caras grandes. Para lutar como eles eu precisava de algo que eles não tinham. No meu plano de jogo, a flexibilidade era fundamental - relembrou.
O resultado do trabalho com a professora apareceu no ringue. Holyfield acredita que se tornou campeão mundial por causa das aulas e que perdeu um título quando a professora teve um problema físico.
- Eu me tornei campeão mundial dos pesos-pesados por causa daquela senhora (a professora). Quando ela escorregou, quebrou o quadril e ficou sem ir ao meus treinos, perdi o tíitulo para Riddick Bowe.
Ginástica Artística
Os primeiros passos dos atletas da ginástica artística são no balé. A técnica que aprendem no início colabora para a elegância e leveza em acrobacias aéreas.
- Precisamos ter (aulas de balé) desde pequenas realmente. Não temos que ser bailarinas, mas ter uma base do balé porque a gente utiliza muito nos movimentos da ginástica – afirma a ginasta Daniele Hypólito.
Tênis
Conhecida como bailarina do tênis, Maria Esther Bueno conquistou, nas décadas de 50 e 60, 19 títulos de Grand Slam. A maior tenista brasileira explica porque ganhou o apelido na época. Um dos maiores tenistas da década de 80, o tcheco Ivan Lendl também usou a dança como parte do treinamento para melhorar a agilidade e leveza dos movimentos dos pés. Até os movimentos do atual número 3 do mundo, Roger Federer, já foi comparado, pelo jornal americano New York Times, aos do russo Mikhail Baryshnikov, um dos maiores bailarinos da história.
Basquete
Nas quadras de basquete, eram os saltos de Michael Jordan que chamavam a atenção na Liga de Basquete Americana. O "SporTV Repórter" promoveu um encontro entre jogadores do time de basquete do Joinville e integrantes do Balé Bolshoi – única filial da escola russa fora do país - para comparar os saltos dos atletas.

Ao analisar o salto dos atletas e dos bailarinos, foi observado que os dançarinos, apesar de menor estatura, conseguiram saltar mais alto que os jogadores. Surpresos, os jogadores de basquete resolveram participar de uma aula de balé e estão confiantes em usar as técnicas nos treinamentos.
- A palavra é adaptação. A gente vai adaptar. Agora o balé vai ser implementado no planejamento do basquetebol de Joinville. Não tenha a menor dúvida – afirmou o técnico da equipe, Alberto Bial.
Atletismo
O novo desafio do preparador físico Antônio Carlos Gomes desde o início do ano é incluir a leveza e o controle dos movimentos do balé nos treinos de Jadel Gregório, atleta do salto triplo e medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro.
- No chão, um leão. Saiu do chão, um bailarino. Ou seja, pegar o solo com muita potência, muita velocidade. A partir do momento que ele ganha flutuação no ar, ele precisa ser o mais solto, o mais leve possível. Os movimentos têm que acontecer com muita amplitude - afirmou Gomes.
Em uma sala de ginástica artística, o atleta treina em uma cama elástica em busca da leveza no salto.
- Se a gente reparar, o pessoal do balé sai do chão muito rápido e tem um controle no ar. É esse controle que eu quero ter. Aqui é onde faz a união do pássaro sem asa que agora está conseguindo ganhar asa. Se sem a asa a gente já saltava, imagina o que não vamos fazer com a asa – disse o atleta.
Grupo Katakló
Bailarinos, que são ex-ginastas, mostram no palco como o esporte e a dança podem ser uma coisa só. O grupo italiano Katakló acredita que o passado dos bailarinos no esporte ajuda no desempenho da dança. E que a dança também pode ser útil ao esporte.
- A dança ajuda a ser esportista. Há muitos anos não, porque era mais separado. Mas hoje em dia, a dança, com certeza, ajuda, mesmo que seja só para esquentar o corpo, alongar mais ou dar o máximo de si em um palco também – analisou a bailarina Elisa Bazzocchi.

Em quarta-feira, 10 de agosto de 2016
terça-feira, 9 de agosto de 2016

Ginática Rítmica x Ginástica Artística

Postado por Cora Belarmino

 Ginástica Rítmica
ginástica rítmica, também conhecida como GRD ou ginástica rítmica desportiva (nomenclatura antiga), é uma ramificação da ginástica que possui infinitas possibilidades de movimentos corporais combinados aos elementos de balé e dança teatral, realizados fluentemente em harmonia com a música e coordenados com o manejo dos aparelhos próprios desta modalidade olímpica, que são a corda, o arco, a bola, as maças e a fita. Praticada apenas por mulheres em nível de competição, tem ainda uma prática masculina surgida no Japão. Pode ser iniciada em média aos seis anos e não há idade limite para finalizar a prática, na qual se encontram competições individuais ou em conjunto. Seus eventos são realizados sempre sobre um tablado e seu tempo de realização varia entre 75 segundos, para as provas individuais, e 150 para as provas coletivas.
A ginástica rítmica desenvolve harmoniagraça e beleza em movimentos criativos, traduzidos em expressões pessoais através da combinação musical, teatral e técnica que transmite, acima de tudo, satisfação estética aos que a assistem. Surgida através dos estudos de Rousseau, assim como as demais modalidades, transformou-se durante o passar dos anos, sempre ligada à dança e à musicalidade, até chegar à União Soviética, onde se desenvolve como prática desportiva, e à Alemanha, onde ganhou os aparelhos conhecidos hoje.
A ginasta precisa ter graça, leveza, beleza e técnicas precisas em seus movimentos para demonstrar harmonia e entrosamento com a música e suas companheiras, num ambiente de expressão corporal contextualizada inclusive pelossentimentos transmitidos através do corpo. Fisicamente, é função desta modalidade desenvolver o corpo em sua totalidade, por meio dos movimentos naturais aperfeiçoados pelo ritmo e pelas capacidades psicomotoras nos âmbitos físicoartístico expressivo. Por essa reunião de característica, é chamada de desporto-arte.





Ginástica Artística
ginástica artística, também conhecida no Brasil como ginástica olímpica, é uma das modalidades da ginástica. Por definição, de acordo com o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, a palavra vem do grego gymnastiké e significa - "A Arte ou ato de exercitar o corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade. O conjunto de exercícios corporais sistematizados, para este fim, realizados no solo ou com auxílio de aparelhos são aplicados com objetivos educativos, competitivos, terapêuticos, etc."
Historicamente, enquanto forma de prática física, a ginástica surgiu na Pré-História. Contudo, veio a se tornar uma modalidade esportiva apenas em 1881, em escolas alemãs tipicamente masculinas. Desse modo, a ginástica artística sagrou-se como a forma mais antiga do desporto e em decorrência disto, sua história é constantemente confundida com a da ginástica em si, o que não fere sua evolução artística individual posterior. Mais tarde, em 1896, até então praticada somente por homens, passou a ser um esporte olímpico, e em 1928 as mulheres puderam participar nos seus primeiros Jogos. No ano de 1950, a ginástica passou a ser praticada – nos aparelhos – da forma como se conhece hoje. Apesar de despontar para o mundo como um esporte inicialmente masculino, a ginástica tornou-se uma prática mais ativa entre as mulheres. Em decorrência disso, os eventos artísticos femininos tornaram-se mais disputados, admirados e destacados entre todas as modalidades do esporte.
As apresentações da ginástica artística são individuais - ainda que nas disputas por equipes -, possuem o tempo aproximado de trinta a noventa segundos de duração, são realizadas em diferentes aparelhos - sob um conjunto de exercícios - e separadas em competições femininas e masculinas.
Os movimentos dos ginastas devem ser sempre elegantes e demonstrarem força, agilidade, flexibilidade, coordenação, equilíbrio e controle do corpo.




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Em terça-feira, 9 de agosto de 2016
Postado por Cora Belarmino


Ele está na lista do "Eu Quero!" de todas as bailarinas
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Collant Roma
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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Ballet Clássico : Cora Responde

Postado por Cora Belarmino



- Qual idade ideal para iniciar?
Eu, começei a dançar com 9 anos, porém iniciei o ballet clássico com 15 anos. Mesmo tendo dançado alguns anos antes, isso não foi o suficiente, a iniciação no ballet é difícil para todos, precisa-se de muita dedicação, esforço, o querer em ser melhor em todas as aulas sabe?!

Hoje eu somo 10 anos de aula e posso dizer que só agora que come­cei a me enten­der real­mente com o bal­let, sabe? Cada dia é um apren­di­zado novo! O bai­la­rino adulto tende a ser muito ansi­oso, tem sede de conhe­ci­mento e pressa de apren­der. Eu era assim quando come­cei. Mas a ver­dade é que o pro­cesso é bem lento, gra­dual, e cada mínimo deta­lhe importa. Porque no bal­let, se você não entende cada passo, cada iní­cio, meio e fim de um movi­mento, isso vai lhe cus­tar caro mais pra frente, na hora de dan­çar uma core­o­gra­fia, por exem­plo. Mas, por outro lado, o resul­tado em nosso corpo torna-se evi­dente muito rápido. Mais do que quando se malha em academia. 

- Flexibilidade?
Acreditem: você vai desenvolve-la com o tempo! Não pode fazer corpo mole, aula de alon­ga­mento no bal­let não é igual a aula de alon­ga­mento da aca­de­mia: a gente dá uma sofrida, sim. Mas o resul­tado chega em meses, quando se dedica com dis­ci­plina. Quanto mais vezes na semana você se alon­gar, melhor.

- Quando iniciar na sapatilha de ponta?
É de fato muito relativo, é necessário que você aprenda todos os movimentos e passos do ballet primeiro, para que tenha seguraça e consciência corporal do que está fazendo, assim terá dominio sobre a sapatilha de ponta. Cabe a avaliação do seu professor(a).

- Qual a sapatilha ideal?
Cada modelo funciona para uma pessoa, é necessário que se experimente, com a orientação do seu professor achará o modelo certo. A dor será inevitável, mas alguns modelos podem te oferecer um mínimo a mais de conforto.

- Vergonha de tirar uma dúvida em sala de aula?
Não tenha! Sua dúvida pode ser a mesma de sua colega. Quando você tira uma dúvida você aprende mais, logo a meta daquela aula é cumprida. Isso te levará a outros níveis na dança e na vida.



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Em terça-feira, 2 de agosto de 2016