quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Não é doença, é bailarinice !

Postado por Cora Belarmino



Certa vez, uma mãe foi chamada pela professora para ir ao colégio de sua filha. Tratava-se de uma breve reunião para que a escola pudesse comunicar que a pequena menina tinha algum tipo de déficit de atenção ou coisa pior. A professora se aproxima da mãe da menina e diz: “Mãezinha, acredito que temos um problema. Na minha opinião, a sua filha tem algum tipo de transtorno, podendo ser até um grau baixo de autismo”. A mãe quase desmaia. — A minha filha? Não é possível! Ela é tão esperta, conversa o tempo todo comigo em casa… Meu Deus! — É, mamãe — diz a professora. — Mas aqui ela é extremamente distraída e fica balançando braços e pernas o tempo todo dentro da sala de aula. Na hora do recreio, enquanto todas as crianças estão se divertindo, ela fica isolada debaixo de uma árvore, girando para lá e para cá, sem nenhum sentido! Então, a mãe volta desolada para casa, com a possibilidade de a filha ter algum problema. Duas semanas depois, a própria diretora da escola a convida para outra reunião. E, dessa vez, o tom é bem mais sério. — Gostaríamos que a senhora levasse a sua filha a um especialista. Na nossa opinião, ela está doente — decreta a diretora. A mãe sai chorando da reunião e começa uma incansável busca por um psiquiatra especializado nesses casos. E ela o encontra dias depois em outra cidade. Você sabe que, em geral, uma mãe não mede esforços para resolver um problema, quando esse problema é de seus filhos. Aquela mulher dá um jeito e consegue uma alta soma de dinheiro para pagar o valor da consulta, bem como as passagens de ida e volta para a cidade onde se situava a clínica. Chegando lá, o doutor decide internar a menina por apenas dois dias, o tempo necessário para fazer uma bateria de exames, analisar os resultados e observar a garotinha. Dois dias depois, a mãe volta à clínica com o coração na mão. O psiquiatra a leva para uma sala, de onde ela pode ver através de um vidro a sala onde sua filhinha está. E adivinhe? A menina balança braços e pernas, sozinha em um canto. Faz movimentos sem sentido algum. Aqui é o suficiente para a mãe começar a chorar. Aflita, ela pergunta: — Ela é doente, não é, doutor? O especialista sorri e declara: — Escute. Eu coloquei uma música dentro daquela sala. Você vê movimentos sem sentido, pois não ouve a música daqui. Então, o médico liga o som dentro da sala em que os dois estão, e cada movimento da menina agora parece ter sentido. O doutor olha para a mãe e a tranquiliza: — Querida, sua filha não é doente. Ela é bailarina. Talvez a garota nunca seja boa em matemática, talvez ela não entre nas melhores universidades. Mas isso não faz dela uma criança com problemas. Aos 25 anos, aquela menina já era uma das maiores coreógrafas da Broadway, em Nova York, EUA. Na opinião de algumas pessoas, ela era doente. Mas, para aquele especialista, que a aconselhou a estudar a arte da dança, ela era uma bailarina.

Trecho do Livro 12 dias para Atualizar a sua vida - Tiago Brunet


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Em quinta-feira, 7 de novembro de 2019

6 comentários:

  1. Vale a pena ler... Me emocionei e me identifiquei...
    sou mãe de 02 que demonstraram isso muito muito pequeninas - Marcela ao 4 anos Ariele tentei ao máximo que não seguissee mais não podemos impedir o que é nato da alma... aos 08 começou e aos 17 já assumia com contrato profissional.... e eu que nunca havia tido contato com a arte, segui meu coração de mãe ao parar ouvir e procurar que elas fossem felizes... e o resultado 02 profissionais na arte do ballet e eu que acabei por apoiar minhas filhas aprendi muito e dirijo hj uma escola e tento fazer o mesmo... auxiliar as que em nossas mãos chegam com as mesmas caracteristicas....
    Compartilhei com o texto acima e cada vez que releio o seu brota lagrimas e soluços em mim.

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  2. Que linda sua história também Fátima!!!!!!! Parabéns pelas suas filhas! Que Deus abençoe sua linda Familia <3 <3 <3

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  3. Tenho uma FILHA de 17anos filha do coração esta no ballet desde os 3 anos.Ja se formou no clássico e jazz Acho que ela é doente uma doença chamada DANÇAR

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  4. Minha filha é doente pela dança, o balé completa ela.
    O pai dela uma vez falou assim pra gente, se está apertada passando necessidades, ou até fome, tira ela dessa porcaria.
    Minha filha faz 2anos q não fala com o pai.
    Ela olhou pra mim e disse mãe prefiro passar fome com vc mas não me tira do bale, o ano q aconteceu isso foi o ano q ela conquistou um papelprincipal, no Festival Bela e a Fera.
    Ela foi o Zip. Ela tem 8anos, as notas dos exames dela são excelentes, este ano ela teve mais uma conquista com seu esforço.
    Ela é minha bailarina.
    Faço tudo pelo sonho dela.
    Agora rumo a PONTA vem 2020.


    ( eu e o pai somos separados ele paga pensão, entao ele diz que gasto o dinheiro atoa no balé )




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  5. Lindo, talvez se tivesse conversado com a criança tudo estaria resolvido de forma menos traumática.

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