O estudo do ballet começa com pequenos exercícios e passos. À medida que se progride, o número e a variedade se expandem em diversas sequências mais complexas, por isso é necessário desenvolver a memória do movimento. No começo o professor faz os movimentos juntos com os alunos para que possam acompanhá-lo. Durante a aula os movimentos devem ser cuidadosamente observados a fim de que os passos e os padrões comecem a serem reconhecidos. Espera-se que o aluno já esteja apto a executar os movimentos por conta própria quando o professor não mais se mover junto dele em alguns exercícios, passos ou sequências. É preciso resistir a tentação de copiar outro bailarino pelo o espelho ou de seguir o bailarino que estiver na frente; em vez disso, é preciso resgatar a sequência na memória. Ao imitar o movimento de outro, o aluno deixa de experimentar de seu jeito único o movimento e rouba de si mesmo a oportunidade de desenvolver a própria memória de movimentos. E de uma aula para outra, como lembrar? Para desenvolver a habilidade de rememorar os movimentos, primeiro o bailarino deve visualizar a sequência e, então, colocá-la em pratica descrevendo para si mesmo as ações que está executando ou usar os termos de ballet apropriados. Em seguida, deve determinar os movimentos que não estão definidos e praticar as partes que estão faltando. Fotos e vídeos podem ser consultados para ajudar a refrescar a memória quanto a exercícios ou passos específicos.Se houver dúvidas vale consultar um colega de classe e se a mesma persistir recorrer ao professor. É melhor gastar um pouco mais de tempo para aprender o movimento de forma correta do que ter que reaprendê-lo posteriormente.
Fonte: Ballet Fundamentos e Técnicas - Gayle Kassing, PhD
A experiência plena e prazerosa da aula de ballet requer o estado de espírito adequado para aprender e reter o conteúdo apresentado na aula. Essa preparação mental começa antes mesmo de entrar na sala; na verdade, ela começa a caminho da aula. É preciso dar um tempo para si mesmo para fazer a transição e se preparar para o ballet. Trata-se de um momento importante. A mente aberta deixa o aluno em um estado de neutralidade no qual ele consegue se concentrar na experiência e na simulação de um movimento ou de uma sequência. Essa prática ajuda o dançarino iniciante a desenvolver a memória visual e cinestésica, essencial para o aprendizado da dança. Alguns Bailarinos acreditam que limpar a mente e projetar um único foco é terapêutico mental e fisicamente. Desanuviar a mente afastar os pensamentos de toda a desordem de informações que podem facilmente tomar conta do raciocínio. Inspirar profundamente e expirar algumas vezes para chegar a um estado de neutralidade ajuda o aluno a ficar mais atento e até mesmo mais relaxado ao se preparar para aula. Chegar na aula e mentalmente preparado, qualquer que seja a aula, é fundamental para aproveitá-la ao máximo. E é um preceito especialmente válido para as aulas
Fonte: Ballet Fundamentos e Técnicas - Gayle Kassing, PhD