sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Gente como a Gente

Postado por Cora Belarmino


Pelo Mundo de Hoje está em Curitiba 

A Mayara Soboleski, 29 anos, Curitibana. Quis ser e é Bailarina!Abaixo mais do que sua história, uma mensagem de encorajamento.
 Conte aqui sua História, Cora Belarmino Pelo Mundo.



" Minha vida no ballet começou aos sete anos, no colégio Decisivo onde eu estudava e fazia ballet no contra-turno duas vezes por semana. Fui me apaixonando e meus pais me colocaram em uma escola especializada, mas não deixei o ballet do colégio, pois nessa altura já tinha vários compromissos com o grupo de dança; E o que eram duas vezes por semana já tinha virado minha vida. Dancei semi - profissionalmente no clássico até os dezesseis anos, passando pelos grandes festivais e escolas. Foi quando decidi experimentar algo novo e parti para o contemporâneo na Téssera, cia da UFPR, estive lá por pouco tempo, mas o suficiente para aprender coisas que carrego até hoje comigo. Nesse tempo mantive trabalhos paralelos ao da companhia,  como musicais e espetáculos infantis. 



Aos dezenove anos decidi mudar novamente o rumo da minha vida e recebi o maior presente de todos, meu filho Thiago, então apenas cumpri alguns trabalhos pendentes e me dediquei ao meu novo amor, pois a dança já não era tão importante perto do que eu tinha em meus braços. O ballet clássico, então já havia sido esquecido por pelo menos três anos.

A vida seguiu, hoje junto com meu marido temos uma rede de pizzarias e passo meus dias trabalhando nelas para ajudá-lo. Mas a rotina de trabalho, o casamento e a maternidade me fizeram perceber algo que ainda havia um espaço em branco em minha vida. E com um convite da minha antiga professora do Decisivo, Beatriz Blohm, tudo começou a mudar. Fui chamada para substituí-la em uma licença médica e assumi as turmas e o espetáculo de fim de ano da escola, foi um grande desafio! E foi lindo, o Thiago já com sete anos estava sempre presente comigo e se interessou muito pelo hip-hop, então ele participou da apresentação também. Foi lindo vê-lo no palco, e toda a emoção após a apresentação. Decidi que era hora de voltar ao ballet. Procurei uma escola e voltei a fazer aulas, no inicio, fazer aula era minha intenção, não achei que voltaria aos palcos de forma alguma. O ballet era apenas uma forma de relaxar e sair da rotina pesada de trabalho. Mas o amor adormecido voltou com toda força, e tudo foi acontecendo naturalmente. Fui novamente contagiada pela magia dos palcos, ensaios e figurinos... Não pude apenas ficar nas aulas, os palcos me chamaram e eu atendi o chamado deles. Assim como as oportunidades de ensinar os pequenos, que surgiram em minha vida como um presente. Atualmente tenho seis turmas de dança e baby-class, três delas são no meu antigo colégio, o Decisivo, onde tenho a honra de ter passado a maioria da minha vida e ter tido a oportunidade de estar com pessoas maravilhosas.

E assim o ballet foi acontecendo em minha vida.... 
Conciliando o trabalho na pizzarias do meu marido, o casamento, a maternidade, os afazeres domésticos com os ensaios ( que são muitos), as aulas, as provas de figurinos, as minhas seis turmas e algumas viagens que o ballet me proporcionou.
Esse ano tive a chance de estar com grandes nomes do cenário nacional em São Paulo e no Rio de Janeiro, fazendo cursos e apresentações, experiencias maravilhosas, com mestres incríveis. Tive a oportunidade de conhecer pessoalmente grandes bailarinos e professores, recebendo suas correções e ensinamentos. Estar com essas pessoas me deu muita força para continuar dançando.

Eu sou uma mulher comum de 29 anos, que trabalha, cuida do filho, da casa, do marido e dos cachorros como tantas outras mulheres espalhadas por esse mundo, mas que ama o ballet e que quer acabar com os preconceitos de que mulheres com essa idade não podem dançar ( bem) e ao mesmo tempo terem uma vida normal. O preconceito é o que mais sofro, poucas pessoas me apoiam, mas eu sei que posso! Eu sei que mulheres podem sim ser bailarinas, com qualquer idade, qualquer corpo e podem encantar platéia por onde passarem apenas pelo seu amor à dança. Não quero ser uma bailarina de companhia, ou viver do ballet, muito menos ganhar grandes festivais e competições apenas quero estar no palco, nas coxias, sentir essa emoção ao receber os aplausos, e já que alguém sempre estará me assistindo, eu me dedico! Pois quem está na platéia merece o meu melhor e ele só virá com muito trabalho. Quando estou no palco apenas o meu coração me move, é quando desligo o mundo e posso apenas ser eu, e sei que a beleza dos movimentos está muito mais na emoção em viver o momento do que na técnica mostrada.  Você não precisa ser nova para começar no ballet. Ballet não é coisa criança e adolescente.  Bailarinas mantem- se jovens não apenas na aparência, mas também no coração, pois seu universo é transitar entre contos de fadas e historias lúdicas, fazendo com que em sua essência ainda permaneça a doçura e a leveza que as crianças carregam consigo e transmitem ao mundo com o sorriso mais sincero.. Isso faz meus dias melhores!


As foto são do Manoel Guimarães, feitas em algumas sessões que fui convidada por ele.
Mayara Soboleski."


Se você é Bailarino e está pelo mundo, mande sua história para nós!
contatocorabelarmino@gmail.com

Em sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

DANCE MACHINE

Postado por Cora Belarmino

DANCE MACHINE: NOVA COLEÇÃO DA MELISSA TRAZ MODELOS UNISSEX E NUMERAÇÃO ATÉ 44



Depois do sucesso de Wanna Be Carioca, a Melissa lançou o preview da nova coleção de inverno 2016 em São Paulo. O tema da vez é o universo da dança. Chamada de Dance Machine, a coleção da próxima estação traz modelos dos sapatos de plásticos inspirados no corpo como plataforma da expressão pessoal.

O tema tem tudo a ver com o universo da marca, que acredita na dança como celebração, como forma de integração, como coletividade. O assunto democrático e pluricultural (já que todo mundo pode dançar em qualquer parte do mundo), quer inspirar as pessoas e mostrar que ninguém precisa ser bailarina para usar o corpo como mídia.
Nossa “máquina de dançar” faz do movimento um reflexo da sua individualidade e reforça que “quem dança seus males espanta” – seja em tribos ancestrais, nos palcos, nas pistas, nas ruas, no tapete de casa ou em frente ao espelho (quem nunca?).

Os modelos são inspirados nos ritmos que conduzem os pés e passam por diferentes estilos. Desde o ballet clássico à dança de salão, do jazz ao Le Parkour, do butô ao stiletto, do clubbing 90’s à street dance 2000. Tem para todos os gostos.

O mais legal? Há dois modelos genderless/unissex e a numeração vai até 44. Segundo a marca, a Melissa “ultrapassa as fronteiras entre feminino e masculino para criar uma linguagem de moda livre”.

Sim! Homens e mulheres estão convidados a vestirem, por exemplo, a Melissa Grunge, um oxford repaginado com sola grossa em tons de preto, bordô, verde claro e rosa claro, e a Melissa Flox, clássica flat gladiadora – uma sandália sem-gênero definido – em preto, cinza, azul e bege. Confira:


A coleção estará nas lojas a partir do início de Dezembro/2015, mas você já encontra um preview online.

Em quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

CoraBelarmino.com.br

Postado por Cora Belarmino



www.corabelarmino.com.br

Cód: balarinafashionnatal
Válido até dia 31/12/2015
Frete Grátis acima de R$120,00


Tem Como não resistir?!

Em segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Postado por Cora Belarmino

Golden Stars comemora o Dia do Profissional da Dança no Theatro Municipal de SP




O Sinddança (Sindicato dos Profissionais de Dança do Estado de São Paulo) realiza nos dias 14 e 15 de dezembro, segunda e terça-feira, o Golden Stars – Dia do Profissional da Dança no Theatro Municipal de São Paulo, às 20h30. A curadoria do evento é assinada por Maria Pia Finócchio.
O espetáculo é formado por várias apresentações (coreografias) com bailarinos profissionais e grupos de dança de projeção nacional e internacional para festejar a arte da dança, bem como prestar homenagem a todos os bailarinos e profissionais envolvidos na área.
O Golden Stars – Dia do Profissional da Dança tem participação de grupos convidados, referência no campo da dança brasileira. São eles: Ballet Stagium, São Paulo Cia. de Dança, Studio 3 Cia. de Dança, Cia Ballet de Cegos e Teen Broadway. Outros grupos, que se destacaram na ENDA 2015 (Encontro Nacional de Dança), também participam das apresentações: Grupo Raça, Sapatearte, Applause Dance Center, Cia. de Dança Céu Jaguaré, Faces Ocultas Cia. Expperimental, Garra Grupo de Artes, Studio Roselange Watanabe, Beth Ballet, Grupo Anderson Couto, CEDAN (Cia Estável de Dança), Ballet Elisa, Cia. Panteras, La Danse, Studio Giselle, Ballet Paula Gasparini, Reverancce e Sopro Cia de Dança.
Segundo Maria Pia Finnóchio, o “objetivo do Golden Stars é reunir profissionais da dança, personalidades das artes e da cultura em geral e imprensa especializada para reafirmar a necessidade constante de promover a dança nacional e valorizar nossos bailarinos”. O Sinddança também busca democratizar o acesso à dança, promovendo espetáculos a preços populares. “Queremos que todas as pessoas tenham acesso à cultura e possam conferir ao vivo, no teatro, o que temos de melhor no campo da dança”, declara a curadora.
O Dia do Profissional da Dança ((23 de novembro) foi idealizado pelo SINDDANÇA e sua homologação ocorreu em 1999. A instituição é também responsável pela criação do Dia Estadual da Dança Clássica (4 de junho), uma conquista mais recente, efetivada em 2013. O Sindicato também promove anualmente o ENDA (Encontro Nacional de Dança), um festival pioneiro no estímulo à dança no Brasil que está na 33ª edição, e o Grande Gala ENDA. Ambos foram idealizados para estimular a carreira dos bailarinos profissionais e semiprofissionais, bem como a carreira daqueles que estão iniciando na arte da dança.
PROGRAMAÇÃO
Dia 14/12 – segunda-feira, às 20h30
Ballet Paula GaspariniBaile Vienense. Coreógrafos: Paula Gasparini e Alexandre Fernandes.
Studio 3 Cia de DançaPaixão e Fúria – Callas, o Mito (La Traviatta). Diretor: Evelyn Baruque. Coreógrafo: Anselmo Zolla. Participação Especial: Vera Lafer.
Cia Ballet de CegosFernanda Bianchini – Olhando pras Estrelas. Direção Geral: Fernanda Bianchini. Coreógrafo: Cesar Albuquerque.
Grupo Raça Centro de ArtesEllo. Coreógrafo: Jhean Allex.
Beth BalletRock Symphony. Coreógrafa: Elisabeth Leite.
Reverancce Núcleo de DançaPreso em Mim. Coreógrafa: Cintia de Souza.
Applause Dance CenterCzardas. Coreógrafo: Francisco Ribeiro.
São Paulo Cia de DançaGrand Pas de Deux de O Corsário. Direção Artística: Inês Bogéa. Coreógrafo: Marius Petipa. Elenco: Luiza Yuk e Yoshi Suzuki.
Ballet ElisaVegas Show. Coreógrafo: Francisco Ribeiro.
Ballet Paula GaspariniO Corsário. Coreógrafo: Marius Petipa.
Garra Centro de ArtesReencontro. Coreógrafo: Andressa Hidalgo.
Cia de Dança PanterasIndian Dance. Coreógrafo: Euler Consoli.
Reverancce Núcleo de DançaAsbesto. Coreógrafa: Cintia de Souza.
Grupo Raça Centro de ArtesStep in Time. Coreógrafa: Mariana Barros.
Beth BalletZatoichi. Coreógrafo – Yasmin Goulart.
Applause Dance CenterMagic To Do. Coreógrafos: Silvio Ferreira e Felipe Almeida.
Sopro Cia de Dança
Se não é Amor. Coreógrafo: Roberto Amorim.
Dia 15/12 – terça-feira, às 20h30
Ballet Paula GaspariniValsa para Eugene Onegin. Coreógrafo: Eduardo Bonis.
Grupo de Dança Anderson CoutoNotívagos. Coreógrafo: Anderson Couto.
Cia Estavél de Dança de PiracicabaCRDAN – Tanguetto. Coreógrafos: Camilla Pupa e César Albuquerque.
Faces Ocultas Cia de DançaEdílio dos Anjos. Coreógrafos: Bruno Gregório e Arilton Assunção.
Ballet StagiumO Canto da Minha Terra. Direção: Marika Gidali. Coreógrafo: Décio Otero.
Grupo de Dança Roselange WatanabeScrean. Coreógrafa: Roselange Watanabe.
Reverancce Núcleo de DançaPaquita. Coreógrafo: Marius Petipa.
SapatearteMarinheiras. Coreógrafa: Irany Sguillaro.
La Danse Grupo de DançaDragões. Coreógrafa: Magda Bertanha.
Studio Giselle DançasTropotianska. Coreógrafas: Juliana Venites e Karina Zalasar.
Teen BroadwayEu não Quero me Expor. Coreógrafa: Clara Camargo.
Ballet Paula GaspariniEsmeralda. Coreógrafo: Jules Perrot.
Grupo de Dança Anderson CoutoVersículos. Coreógrafo: Anderson Couto.
Studio de Dança Ceu JaguaréFesta Cigana. Coreógrafa: Roselange Watanabe.
Faces Ocultas Cia de DançaPoemas Brasileiros. Coreógrafo: Arilton Assunção.
Reverancce Núcleo de Dança1 ou 2 Vezes. Coreógrafa: Cintia de Souza.
Cia Estavél de Dança de PiracicabaCEDAN – O Talismã. Coreógrafos: Marius Petipa e Nicholas Legat. Adaptação: Camilla Pupa.
SERVIÇO
Golden Stars – Dia do Profissional da Dança
SINDDANÇA – Sindicato dos Profissionais de Dança do Estado de SP
Curadoria: Maria Pia Finócchio
Dias 14 e 15 de dezembro
Segunda e terça – 20h30
Local: Theatro Municipal de São Paulo
Praça Ramos de Azevedo, s/nº – Centro/SP
Ingressos: R$ 20,00 (meia entrada: R$ 10,00)
Venda online: Compre Ingresso
Informações: (11) 3053-2090

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

FIGURINO - PARTE 4

Postado por Cora Belarmino


Elementos de Construção de um Figurino

continuação...


O algodão se mantém como a principal fibra têxtil do mundo. Ainda que as sintéticas tentem alterar sua posição no mercado, ele continua sendo preferido por conta de suas qualidades naturais, relacionadas a conforto, maciez e durabilidade. Sua versatilidade permite a combinação com as mais diversas fibras, inclusive as sintéticas. Por todo o seu passado e por sua importância no ramo têxtil atual, podemos dizer com segurança que o algodão é a fibra que veste o mundo. 



 Os tecidos em malha, de algodão ou sintéticos, estão empregados em quase todos os figurinos, desde calças de bailarinos até corpetes e tutus, e em elementos de apoio, como calcinhas e collants. Nenhum outro material permite que o corpo chegue aos seus limites espaciais. A criação de um figurino deve levar em conta não somente questões estéticas, mas também percepções físicas, como qualquer processo de construção de objetos para o ser humano. Se este limite entre estética e ergonomia existe nas roupas do dia a dia, há de se relacionar a ergonomia aos processos criativos do ballet, onde a dança exige do corpo dos bailarinos o seu limite máximo. 



A malha desempenha papel fundamental na construção dos figurinos de ballet. Suas laçadas assumem aspecto de fios em forma de curva, que se sustentam entre si e são livres para se mover quando submetidas a alguma tensão, o que determina a conhecida flexibilidade da malha, capaz de fazê-la abraçar as mais complexas formas do corpo humano. Este tecido é bastante elástico porque as laçadas podem escorregar umas sobre as outras, quando sob tensão, e retornar à posição inicial ao fim da solicitação. Outra propriedade da malha é a porosidade, o que lhe confere excelente conforto.

Nas fotos o bailarino veste uma calça confeccionada em malha de algodão, que confere conforto aos movimentos realizados durante o espetáculo. As mesmas se referem ao espetáculo Quebra Nozes dançado pelo Ballet Bolshoi.



Continua...

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Em terça-feira, 8 de dezembro de 2015
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Ponto de Vista por Alexander Yakovlev

Postado por Cora Belarmino



O Cara é simplesmente Incrível!!!!!!!!!!
Fotografo, Natural de Moscovo, Pouco se sabe na rede sobre ele.
Mas o que nos deixou impactados foram os clicks dele. Separamos algumas imagens, tenho certeza que você já viu algumas por aê....













Que sentimento forte. 
O movimento é o maior bem, de qualquer Bailarino.


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Em sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

O poder da Mente - Parte 2

Postado por Cora Belarmino

Se torne mais Inteligente,Dançando!


Quem encarava a dança exclusivamente como uma atividade física, precisa rever os seus conceitos: a dança é um dos meios mais prazerosos de aumentar as suas capacidades cerebrais. Vamos entender o porquê disso?
Primeiramente, quando você dança, o seu cérebro “dança” junto com você! Enquanto ele “dança”, está se mantendo saudável e ativo.  Em uma linguagem mais técnica, a “dança” do cérebro promove um aumento da conectividade e da reestruturação entre as várias regiões do cérebro e  seus neurônios, resultando numa comunicação mais eficaz entre eles e consequentemente em um raciocínio mais rápido.
Observe como funcionam algumas regiões do cérebro de quem dança:
Cérebro
VÉRMIS ANTERIOR – Esta parte do cerebelo recebe informações da medula espinhal e aparentemente age como se fosse um metrônomo, ajudando a sincronizar os passos de dança à música.
NÚCLEO GENICULADO MEDIAL Uma interrupção ao longo da via auditiva inferior, esta área aparentemente ajuda a configurar o metrônomo do cérebro e é responsável por nossa tendência para tamborilar os dedos inconscientemente ou balançar o corpo ao ritmo de uma música. Reagimos inconscientemente, pois a região está conectada ao cerebelo, comunicando informações sobre o ritmo sem “falar” com as áreas auditivas superiores no córtex.
PRECUNEUS – Por conter um mapa baseado nos estímulos sensoriais do próprio corpo, o precuneus ajuda a identificar o trajeto de um dançarino a partir de uma perspectiva voltada para o  corpo, ou egocêntrica.
Jean Piaget, o grande pensador suíço conhecido por organizar o desenvolvimento cognitivo em uma série de estágios, declarou que a inteligência é aquilo que usamos quando não sabemos o que fazer. Logo, para ser inteligente é preciso saber tomar decisões rápidas, certo? Imagine então um casal de tango se movimentando em um salão: cada movimento realizado ali exige uma vasta gama de decisões rápidas, tanto para quem conduz quanto para quem é conduzido.  Pense também em um casal de bailarinos clássicos: a bailarina está sob a ponta dos pés, o que implica em uma mudança de eixo constante a cada movimento que ela realiza. O bailarino, cuja função é segurá-la, precisa ser rápido e perspicaz para acompanhar essa mudança de eixo e conseguir tornar o movimento da bailarina ainda mais leve e suave.
A dança integra várias funções cerebrais ao mesmo tempo.  Ela envolve simultaneamente processos sinestésicos, racionais, musicais e emocionais. Dançar exige um tipo de coordenação interpessoal no espaço e tempo quase inexistente em outros contextos sociais. Durante um espetáculo, uma bailarina movimenta todos os músculos do seu corpo e muitas vezes, em direções opostas e intensidades diferentes. Apesar de o público ter a impressão de que tudo que ela está fazendo é simples e fácil, o seu cérebro está a todo vapor pensando em cada movimento que precisa ser realizado, tentando esquecer as dores das lesões recorrentes dos treinamentos e ainda por cima, preocupado em transmitir  os sentimentos e as emoções da personagem que ela está interpretando.  A vida dos bailarinos não é nada fácil!
Ainda tem mais, todo bailarino é um pouco músico também, pois consegue executar cada movimento simultaneamente a cada nota musical tocada. Seu corpo é o seu instrumento. É preciso muita atenção e muita concentração para essa conexão rítmica acontecer, o que implica que para dançar também é preciso um enorme autocontrole físico e emocional. Não é a toa que na Antiguidade, os gregos  acreditavam que dos melhores bailarinos se faziam os melhores guerreiros.
Além de todos esses benefícios, ainda existe mais um último: dançar estimula a criatividade.  Vale lembrar que estamos em pleno século XXI, onde ser criativo é pré-requisito para se obter sucesso em qualquer carreira.  O filósofo francês Paul Valéry sintetiza isso em uma única frase: “Um homem de negócios é um cruzamento entre um dançarino e uma máquina de calcular”.
Portanto, agora que você já tem conhecimento de tudo que a dança pode trazer de benefícios à sua vida,  largue a preguiça e a inércia e comece a movimentar o seu corpo. Pois além de se tornar uma pessoa mais inteligente, você se tornará uma pessoa mais feliz! Eu garanto!


Continua...

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Em quinta-feira, 3 de dezembro de 2015